Nos posts anteriores tenho falado sobre formas de economizar dinheiro
com atitudes simples que podem ser utilizadas no dia a dia. Mas, infelizmente,
não apenas de gastos com produtos e serviços vivemos. Também pagamos, e muito,
juros. Juros de cartões de crédito, boletos que não são pagos no prazo, financiamentos
de bens. Entende-lo é o primeiro passo para que possa se reestruturar e sair do
vermelho. Sim, é possível!
Juros o custo do dinheiro. Sim, custo! Pois dinheiro é uma mercadoria
como outra qualquer, então obter um empréstimo ou fazer uma compra parcelada
está assumindo uma dívida com o comerciante ou operadora de cartão ou com o
banco. Quanto maior o índice de inadimplência maior será os juros cobrados, pois
o risco do EMPRESTADOR (cedente) não receber é muito alta. Segundo dados do
Banco Central (BC) cartão de crédito das pessoas físicas é campeão de inadimplência,
ou seja, é a linha de crédito que possui o maior percentual de atrasos acima de
90 dias, critério utilizado pelo BC para calculas as operações inadimplentes. Em
consequência do alto índice de não pagamento, é a modalidade com maior cobrança
de juros. Segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac) os juros
cobrados pelas empresas de cartões de crédito são de assustadores 238,3% ao ano.
(19,86% a.m). Para efeito de comparação, a inflação do ano prevista para o
Brasil é de 5,4%. Assim, utilize de forma consciente seu cartão. Sempre digo
para meus alunos:
- Cartão e cheques são excelentes para quem sabe usar.
Como assim saber usar? Hoje as bandeiras (nome que é
dado as operadoras – máster, visa, hipercard) estão utilizando de bonificações
para utilização (descontos em ingressos, livros...etc) nas compras feitas com
cartão. Outras utilizam de pontos que podem ser trocados por prêmios. Todos
essas estratégias de marketing são ótimas para aqueles que deixam de pagar em
dinheiro no ato da compra para efetuarem o pagamento da fatura a vista do
cartão na data do vencimento. Conseguiu usufruir da campanha, sem gerar
dividas. Então: abaixo algumas dicas de como utilizar cartão de forma
consciente:
1º. Pague a conta na data do vencimento e com valor
total da fatura:
2º. Tente realizar compras com a menor quantidade
possível de parcelas. Principalmente para quem é autônomo ou funcionário de
empresas privadas onde não dispõem da estabilidade dos servidores públicos.
Pois hoje está empregado e amanhã só Deus sabe. Então, não abuse.
3º. Pagamento com cartão é pagamento “Á VISTA”. Ou
seja, não aceite pagar mais caro. Caso comerciante queira cobrar valor
diferenciado vá à concorrência;
4º. Caso não seja possível efetuar pagamento integral
da fatura não o utilize até o próximo vencimento. Lembre, além do valor que restou
pagar ainda será acrescido juros. Não compre!;
5º. Caso esteja em débito tente renegociar. Prorrogando
prazo e reduzindo valor das parcelas;
6º. Caso o vencimento seja num dia sem expediente
bancário (sábado, domingo ou feriado) o pagamento poderá ser feito no primeiro
dia útil sem cobrança de multas e juros. Mas, caso deixe para pagar apenas
depois, será cobrado desde a data do vencimento. Então, cuidado!;
7º. Ao fazer pagamentos com seu cartão nunca o perca de
vista. Não entregue sua senha para ninguém;
8º. Busque NUNCA efetuar saque do saldo do cartão de
crédito. Pois valores sobrados serão exorbitantes;
9º. Caso sua divida esteja com valor bem elevado será
mais econômico efetuar troca de divida. Ou seja, contrair uma dívida com juros
mais baixos (consignado, por exemplo). Ex: uma divida de R$ 100,00 com uma taxa
de juros de 19,86% de juros ao mês estará pagando R$ 19,86 de juros. Já num
consignado com taxa de 2% estará pagando apenas R$ 2,00. Mas não se esqueça.
Deverá fazer empréstimo do valor total da dívida, buscando desconto por
pagamento à vista. E, para evitar novas dividas o entregue para uma pessoa de
confiança que possa ficar com ele enquanto se reorganiza ou, uma decisão drástica:
quebrar o cartão.
10º. Procure ter apenas um cartão. Assim, fica mais
fácil controlar seus gastos e não se exceder nas compras.
Sim, é possível!
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