sábado, 20 de outubro de 2012

VIAGEM INSÓLITA 1

Viajar é um dos maiores prazeres da vida. Quem nunca sonhou trabalhar viajando? Pois é, sempre foi meu sonho e em 2009 isso se tornou realidade. Viajava toda sexta a noite com destino aos mais variados locais. Algumas vezes íamos de ônibus, mas a grande maioria das vezes era de carro.



Nesta viagem retornávamos de Recife/PE para Fortaleza/Ce num gol. Carro muito rodado mais excelente. Vinha eu mais três professores: André, Paulo e Antônio (nomes fictícios) e o motorista Aguiar. Quando nos aproximamos de Natal/RN faltando ainda mais de 500 km de Fortaleza, por volta das 20h, o carro começa a falhar. Estávamos contente pois chegaríamos em Fortaleza "cedo" por volta de 2h. Para quem estava chegando as 5h, era muito cedo. Mas com o problema ficaríamos felizes se conseguíssemos chegar.
Nossa ideia era seguir viagem e tentar chegar o mais próximo de Mossoró (290 km).
Todos concordaram e seguimos viagem. Todo o alto o carro perdia força. Na metade do caminho, já por volta de meia noite, paramos num posto para tentar resolver o problema. André (engenheiro mecânico) tentou mas não encontrou o defeito. Como posto estava fechado mesmo resolvemos seguir viagem. Não rodamos nem vinte minutos e o carro perdeu forças e "morreu" na subida de um alto. Essa vez na BR, escuro sem nada por perto.

Cada um foi fazer algo: Aguiar e André foram tentar resolver o problema do motor. Paulo e eu sinalizar na pista para evitar acidente conosco enquanto que Antônio com uma lanterna foi no mato ao lado da pista. Perguntei o que ele estava fazendo e respondeu que estava procurando cobra. rsrs Todos nós preocupados em sair dali e ele procurando cobra. Uns dez minutos depois o carro pegou, todos corremos para dentro, mas na hora de sair...nada! Após umas três tentativas frustradas o André consegue fazer o carro funcionar. . Então: Aguiar correu para fechar o capôs do carro, Paulo entrou, eu corri peguei triangulo e também entrei e quando demos conta cadê o Antônio? Quando vimos ele estava do lado de fora do carro tentando empurra-lo. - Vai, vai que eu empurro gritava ele. Mas pra que empurrar se o motor estava funcionando?
Paulo gritou: Já temos 100 cavalos no motor não precisamos de mais um empurrando. Entra logo para irmos embora! Resmungando ele entrou e saímos ganhando aos poucos velocidade. Pois sabíamos que logo iria "morrer" novamente e quando mais veloz fossemos o próprio embalo nos ajudaria e subir. 120, 140....160 km/h. Com medo de encontrar algum caminhão e ter que diminuir a velocidade, mas ás 3h da manhã a estrada era só nossa...Enfrentamos uma subida fácil...pegamos uma reta...Mas no final tinha um alto...e era bem acentuado. Recordo que todos projetamos o corpo pra frente como uma forma ingenua de ajudar o carro a subir...Fomos perdendo velocidade...mas até chegamos ao alto com 60 km/h e para nossa alegria pudemos avistar um posto de combustível aberto. Só deu tempo chegar que o carro morreu de vez e não pegou mais de forma alguma. Teríamos que ficar ali, mas o pior já tinha passado pois ali estaríamos em segurança e ficar aguardando o dia amanhecer.
Estávamos há cerca de 90 km de Mossoró. Carro que vinha nos buscar só iria sair de Fortaleza por volta das 8h, pois teria que comprar a bomba de gasolina para trocar. Como ainda ia dar 4h nosso socorro só chegaria por volta de meio dia. Antônio era o único que estava próximo de casa, pois morava em Mossoró enquanto que nós em Fortaleza. Mas adivinha quem era p único a reclamar? Antonio! Ainda reclamava porque o chamamos de cavalo e por receio de chegar atrasado na aula que iria ministrar em Mossoró. Detalhe, a aula só começaria as 18h. rsrs
No posto tinha uma pousada, mas todos os quartos estavam lotados. Então, teríamos que esperar o dia amanhecer para só ai poder ir para um quarto. Enquanto isso, única "cama" seria o carro. Sem sono fiquei conversando com André próximo ao carro. Antonio e Paulo tentavam dormir dentro quando um mal cheiro tomou conta do veículo. Paulo saiu de uma vez dizendo que tinha sido Antônio e ele dizendo que não.
Paulo furioso: - Foi você sim! Só estávamos nós dois e se não fui eu, foi você! André e eu riamos daquela situação.
Como Antônio não ia deixar de reclamar tão cedo André resolveu pedir carona há um caminhão que estava abastecendo no posto. O caminhoneiro aceitou dar carona.
André chamou Antônio e falou da carona. Ao invés de simplesmente aceitar foi perguntar se era de graça pois se fosse pagando não iria aceitar. André já aborrecido: - É C.A.R.O.N.A. É de graça!
Nisso Aguiar tinha deitado o banco do motorista tentando dormir...quando Antonio colocou a cabeça dentro do carro para pegar a chave na ignição e abrir a mala traseira para pegar suas coisas e ir embora. Quando Aguiar percebe que ele faria isso, pega a cabeça e a puxa contra seu colo. Pulo que Antônio deu foi algo indescritível. kkkk Saiu resmungando que iria falar com o dono da escola.
Quando o dia amanheceu e já estávamos na pousada aguardando carro ir nos buscar Antônio liga para André avisando que já estava em casa e ainda chateado com todos: - Professor Ricardo fica rindo de mim. Professor Paulo me chamou de peidão e o Aguiar me colocou para fazer sexo oral nele. Vou reclamar com o dono da escola. Nunca ri tanto na minha vida como naquela hora. Todos riamos das palavras dele.
É pessoal, viajar trabalhando é muito bom. Sofremos mas nos divertimos. Aquela foi a viagem mais longa. Só chegamos em Fortaleza na noite de segunda, mas foi o dia mais engraçado.
Viajar é ótimo!
Sim, é possível!

3 comentários:

  1. hehe, que coisa hein??! dessa nunca esquecerão...

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  2. Prof. muito massa essa história aventura adrenalina e muita risada o termo a gente num enrica mais se diverte cabe bem nessa história tive umas aventuras assim quando em umas das minhas viajem fui pra Belém muito engraçado também enfim muito bom msm!!!

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  3. gostaria tb de trabalhar viajando e ter muitas historias legais como essa!

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