quinta-feira, 18 de outubro de 2012

RECORDAR É VIVER

Impressionante como o tempo passa rápido e quando damos conta algo que parece ter sido ontem completa 15, 18, 20 anos. Hoje passei pela avenida do Imperador, no centro de Fortaleza, e recordei de 1993. 94...Época do meu segundo grau. Estudei no colégio Champagnat (ficava ao lado da praça da bandeira no centro). Cursei lá todo segundo grau. No segundo e terceiro ano juntávamos um grupo de uns 3 amigos e ao invés de irmos para casa de ônibus íamos para sinal do cruzamento da Imperador com Domingos Olímpio e ficávamos a pedir carona para voltar para casa. (hoje é uma coisa impensada, dado a insegurança). 


Buscávamos pegar carona em carros abertos (pampa, F1000, D20 - Caso não conheça pergunte a seu pai). Mas muitas vezes também era em carros de passeios (fusca, chevette, del rei, corcel, kombi...pense!) Mas também já pegamos em caminhões, carretas, ambulância e até carro de funerária (claro, sem esta transportando corpo. kk) ,
Todos os dias, nos mesmos horários estávamos nós pedindo carona (inicialmente eramos em três: Alexssandro, Sérgio e eu) Mas chegou a ter uns dez. Não era questão de economizar, mas gostávamos da aventura. Enfrentamos cada uma...como no dia de chuva que Alexssandro e eu pegamos uma D20 como carona (na parte externa)...chegamos muito molhados na escola e na mesma hora voltamos. kkk

  • Outra vez pegamos carona numa brasília. Sentei bem atrás do motorista. Assim que subimos o cara pegou um revólver e colocou na porta (acredito que ele estava com medo de nós). quando os meninos viram o revolver ficaram assustados...um disse que ia pular do carro. Como? Se estava no banco de trás? Eu, por não ter visto permaneci tranquilo. Pedi a ele para parar no próximo sinal. Ele ainda disse que iria mais a frente, mas disse que ali estaria ótimo. Agora damos risada, mas na hora foi bem tenso.
  • Outro que recordo foi a carona da D20 no colégio 7 de setembro. Percebemos que todos os dias ele ia buscar o filho. Então, ficamos a esperar todos os dias. Nem pedíamos mais.  Uma vez chegamos e o carro já estava estacionado...então, subimos. Dai eu falei: Alguém pediu? Sérgio, já em cima do carro...se debruçou e só ai pediu. kkk O coitado tomou foi um susto. No dia seguinte ele não estava no ponto de sempre. Esperamos, dai resolvemos dar uma volta no quarteirão quando vimos ele estacionando bem distante. Quando nos aproximamos para pedir carona foi no mesmo instante que foi chegando o filho dele ao nos ver disse para o pai: É pai, não deu certo! E fomos assim mesmo. rsrsrs
  • Uma outra situação engraçada e perigosa aconteceu quando pegamos uma D20 no centro e pretendíamos no sinal da Carneiro de Mendonça com José Bastos pois ir até em frente ao terminal lagoa era muito ruim em pegar uma outra carona indo para casa e acabávamos indo a pé para casa, Assim, quando nos aproximamos do sinal da Carneiro de Mendonça desci para o para-choque para descer quando a velocidade diminuísse... O sinal ainda estava fechado, mas fiquei com receio que abrisse que o carro parasse completamente...olhei para a pista e disse: - dar para descer. Rsrs Sorte que não me soltei do carro. Não consegui acompanhar a velocidade e fiquei sendo arrastado raspando o sapato no asfalto. Nisso, Alexssando,  me procurando sem perceber que o carro me puxava. Sorte que sinal ainda estava fechado e ao carro parar consegui sair...Hoje dou risadas, mas na hora tive medo. 
Luciano é um outro que pegava carona conosco. Hoje é oficial da PM.

  • Estávamos nos cruzamentos da Av. Imperador com Domingos Olímpio todos sentados e só Luciano em pé para pedir carona. Parou um corcel dai ele: 
    • - O senhor pode nos dar carona até a Carneiro de Mendonça? 
    • Daí o motorista cantou essa música passando a mão sobre a orelha colocando cabelo pra trás: - Se você vier comigo então vai ser pro que der é vier. 
    • Luciano só vez erguer o dedo em sinal de ok e dizer muito obrigado. Quando se virou todos nós riamos com aquela "cantada". kkk Muita loucura. Bons tempos!

Foi dois anos letivos que ficamos nessa rotina. Uma experiência única. Momento onde pudemos contar com a bondade das pessoas. Não que hoje as pessoas não sejam mais boas, mas porque a insegurança impede qualquer ato nesse sentido.
Viva cada momento de forma intensa. Pois ocorre apenas uma vez e depois restará apenas a lembrança.


Sim, é possível ser feliz!

2 comentários:

  1. kkkk muito bom professor, a do senhor do 7 de setembro foi a melhor

    ResponderExcluir
  2. nada como compartilhar momentos com os amigos que sempre serão lembrados

    ResponderExcluir